domingo, 13 de fevereiro de 2011

Minha primeira espinha, minha primeira passivinha

Aos 11 anos, a gente começa a ficar mais alto do que 1,50M, pelo menos a média é essa, e também começa a ocorrer outras mutações, no caso da pele.
E foi naquela manhã, que minha mãe abismada perguntou o motivo de toda aquela gritaria. Foi quando respondi apontando para cima de minha bela e rosada buchecha, onde se encontrava uma montanha mais vermelha que minha doce maçã do rosto.
-Precisa disso tudo? Perguntou minha mãe.
-Tá achando o quê? Você quando tá de TPM, eu tenho que suportar, então, TOMA. Respondi em tom de diva.
Saindo de casa para tomar sorvete no fim da ladeira, encontro um garoto, na verdade, não era garoto e sim um gayroto, reconheci de longe. A princípio não quis muito papo, mas como ele estava sentado perto de mim, e me olhando muito, resolvi indagar-lo: -Bom dia?
-Bom dia, tudo bom? Ele já respondeu sorrindo.
-Poderia estar bem melhor, se euestivesse num chusrú, com a Jucineide e sem essa triste espinha. e você?
-Ah, eu tou bem ^^. Sobre chusrú e Lucineide, não sei, mas acho que posso ajudar o problema da sua espinha.
Naquele momento meus olhos brilharam, aquele viado era minha alma gêmea da dermatologia.
-Sério, você pode me ajudar?
-Claro , vamos lá em casa.
-Jaé. E eu diva no poder sai reluzente e alegre com o novo amiguinho, levando minha primneira espinha para o abate.
Chegando na casa do Gabriel, esse o seu nome, ele rapidamente ligou o rádio que já começou a tocar uma música romántica e um pouco lenta demais. Achei bem estranho, mas nãoesperava a hora de ver o plano tira espinha funcionando. Gabriel me levou até seu quarto onde trancou a porta e começou a alisar meu peitoral.
-Alok. Que cê tá fazendo? Perguntei com meus olhos esbugalados.
-Quero te deixar excitado, gatinho. Rspondeu ele mordendo os lábios.
-E oque você pensa que eu vou fazer?
-Me comer loucamente e sem pudor.
No momento não consegui pensar em mais nada a não ser rir e muito.
-Besha a senhora enlouqueceu? tá comendo bolo de raxixe é?
Fique sabendo que meu pau-varamágicadecondão, não é pro seu cuzinho cagado não OK?
Virando meu rosto de diva em direção a porta.
-E você acha o quê? Que um adolescente vai perder as espinhas com mágica? Temque ser umas boas fodas.
-Hahay, nem que eu vire um sapo môbem, mas eu, enquanto forças tiver para por meu pau pra cima, também terei forças de negar com classe Quaisquer passivas que apareçam em meu caminho.
Agora, abre este caralho, que a mona aqui tem mais o que fazer.
-Vai lá, se você se acha muito. Com desdem em cada palavra, soltou Gabriel.
-Vá mudar seus filmes pornôs, porque os que a senhora tem não está mais dando jeito, né? QUEIJUDA.
E enquanto saia de casa, já chorando, pois não havia resolvido meu problema. É quando eu vejo a visão do paraíso nas mãos de mamãe: Uma caixinha box com pó compacto e dois tipos de base.
Eu me sentia num céu. Eu tinha ganhado minha primeira passagem ao travestismo.
-Eu fui um pouco dura comvocê meu bebê, mas espero que estejamos de bem. Falou suave minha divassa mãe.
-Claro mamãe, o que a nova vida envolve é muito brilho, amor e arco-íris.
E fui pra casa correndo para testar o kit.
E claro que não me esqueci, de anotar aquela surtada, como mais uma na minha lista dos uó.

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